janeiro 19, 2009

Não quero rosas, desde que haja rosas.
Quero-as só quando não as possa haver.
Que hei-de fazer das coisas
Que qualquer mão pode colher?
Não quero a noite senão quando a aurora
A fez em ouro e azul se diluir.
O que a minha alma ignora
É isso que quero possuir.
Para quê?... Se o soubesse, não faria
Versos para dizer que inda o não sei.
Tenho a alma pobre e fria... Ah, com que esmola a aquecerei?...


Fernando Pessoa

5 comentários:

Mαğΐα disse...

Amar de olhos postos no fim... sim, um modo de vida... de permanente inquietação!

Sérgio "Isca" Ramalho disse...

receando aquilo que mais se quer...

Sofia disse...

Amiga caranguejo, vê lá se adivinhas quem eu sou?

Beijoca grande

Prof.ª disse...

Dá-me pistas... não consigo chegar lá pela foto... :s
:)

Sofia disse...

Acertas-te miuda...

Sabes que eu adoro essa musica que tens no blog...

Bjs