Tal qual aranha na teia... aguarda-se...
Uns partem, outros chegam.
Vidas, perfis, caminhos vários, assim como a sua aparência, cor de cabelo, inclinação do nariz...
Têm conversas de conteúdo diverso: viagens, transportes, saúde, futuro e silêncios de conteúdos distintos.
Olhares que se evitam por não se conhecerem, por nem quererem conhecer-se.
Como passa o tempo na sala de espera?
Lê-se o jornal, a revista feminina, desloca-se à máquina de café (muito açúcar, pouco açúcar e sem açúcar não?!). Atenção à chamada na coluna de som ou directamente pelo técnico de serviço. Espreita-se à janela, fala-se dos minutos de atraso.
Na sala de espera, as expressões são de apreensão, impaciência, inquietação, (sala de) desespero.
Os minutos passam. Alguns sorrisos registam-se pelo término da espera dos acompanhantes , pelo final do exame do enfermo ou pela chegada da sua vez.
Pouco a pouco a sala de espera esvazia-se... Ainda há braços apoiados à espera, pernas cruzadas, pés que abanam, passos que se repetem no corredor.
Pouco a pouco os estômagos também se esvaziam!
Mais conversas de circunstância vão preenchendo sem sucesso a demora.
Entretém-te a observar o espaço, tal qual aranha na teia... pacientemente até capturar a alma das personagens, o espírito da sala de espera...
adc
3 comentários:
Fizeste-me lembrar o estar num elevador. O estar sem saber estar...
Até outro instante
Sala(s) de espera(s)...
Salas de cheias de um vazio estranho... impregnado de tanto... de quase tudo. Difícil de entender e sentir(-nos).
Bjinhos
E ficamos assim, como se o tempo esperasse por nós...
Fica bem,
Miguel
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