novembro 15, 2006

Ninguém

Procuram sem encontrar, os olhos de ninguém
Olhos de mãe fitam sem pestanejar
Arrefecem sem querer, as mãos de ninguém
Mãos de mãe aquecem até adormecer
Penduram brincos só para se ver, os ouvidos de ninguém
Ouvidos de mãe sem ouvir vão compreender
Enche-se do falso perfume de boiões, o nariz de ninguém
Nariz de mãe sente o aroma de preocupações
Insípida ao beijar, a boca de ninguém
Boca de mãe não come sem alimentar
Ninguém, vive a mentir
Mãe não vive sem sentir
adc

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