julho 20, 2006

Importuna Razão, não me persigas


Importuna Razão, não me persigas;
Cesse a ríspida voz que em vão murmura;
Se a lei de Amor, se a força da ternura
Nem domas, nem contrastas, nem mitigas;

Se acusas os mortais, e os não abrigas,
Se (conhecendo o mal) não dás a cura,
Deixa-me apreciar minha loucura,
Importuna Razão, não me persigas.

É teu fim, teu projecto encher de pejo
Esta alma, frágil vítima daquela
Que, injusta e vária, noutros laços vejo.

Queres que fuja de Marília bela,
Que a maldiga, a desdenhe; e o meu desejo
É carpir, delirar, morrer por ela.

Bocage

2 comentários:

Pink disse...

Inoportuna razão...
Pois...a paixão é assim!
Quando surge não avisa e vai crescendo cada vez mais...e a dor no peito...não há amor sem dor.
Paixão...
Amor...
É...o Bocage sofreu demais por amor, mas soube descrever, e bem, o que lhe ia na alma.
Andar com o coração apertado é bom! É sinal que estamos vivos, que sabemos amar...
Se for correspondido, tanto melhor!
Mas ele nisso...era 1 fraco...sofria mas não tinha força para lutar pela pessoa amada.
À luta!!! Se está-se in love há que saber lutar por esse amor!!!
Nem que seja por 1 dia, 1 mês, alguns anos...não importa! Tem-se é de aproveitar todos os momentos de felicidade...a vida é tão curta...
Viva ao Amor!!!

imaz disse...

Boas férias!...Descansa e aproveita para te divertires, porque em Setembro lá estaremos novamente e cada vez com mais trabalho...
Beijocas