(...) Vai, vai... para sempre adeus! Para sempre aos olhos meus Sumido seja o clarão De tua divina estrela. Faltam-me olhos e razão Para a ver, para entendê-la: Alta está no firmamento De mais, e de mais é bela Para o baixo pensamento Com que em má hora a fitei; Falso e vil o encantamento Com que a luz lhe fascinei. Que volte a sua beleza Do azul do céu à pureza, E que a mim me deixe aqui Nas trevas em que nasci, Trevas negras, densas, feias, Como é negro este aleijão Donde me vem sangue às veias, Este que foi coração, Este que amar-te não sabe Porque é só terra - e não cabe Nele uma ideia dos Céus ... Oh!, vai, vai; deixa-me adeus. Almeida Garrett |
Vou à estante desarrumar, destacar, desviar a poesia que incomoda nos livros fechados.
julho 27, 2006
Adeus
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